A construção do “ser” criança na sociedade capitalista
Resumo
As experiências e pesquisas sobre a infância evidenciam a necessidade de analisar a concepção de infância como categoria histórica e não somente como categoria biológica. Sabe-se que a criança nem sempre foi vista da mesma forma pela sociedade, pelo adulto. Conforme se processavam as mudanças sociais, econômicas e históricas, ela foi adquirindo imagens diferentes, de acordo com essas mudanças. Nesse sentido, a análise do presente trabalho teve como preocupação situar a criança dentro dessas transformações sociais, percebendo-a sempre como sujeito histórico que constrói histórias. Nessa perspectiva, destaca-se a necessidade de um olhar especial para a criança na contemporaneidade, analisando sua presença no uso da tecnologia, no mercado de trabalho, na família, na sua relação com o adulto, na sua forma de pensar e sentir, agir, diante do mundo que a cerca. Para isso, tomou-se como categoria de análise o trabalho e as respectivas mudanças no mundo econômico e social. O estudo aqui desenvolvido é uma reflexão sobre o sujeito-criança, na sociedade capitalista.