Identidade como relação de conflito na educação escolar indigena
Resumo
Este texto tem como objetivo analisar as relações identitárias, para compreender como elas podem gerar conflitos e preconceitos e como a educação pode interagir como agente de superação dessas reações que muitas vezes atentam contra a dignidade da vida. Este artigo foi realizado com base em revisão bibliográfica e em argumentos desenvolvidos nas reuniões de estudo e debate do Grupo de Pesquisa Filosofia e Educação EDUCOGITANS e também de reuniões referentes à pesquisa financiada pela CAPES/FINEP, “Planejamento Pedagógico-Didático e Formação Intercultural de Professores para a Revitalização da Língua e da Cultura Xokleng nas Escolas Indígenas Laklãnõ e Bugio em Santa Catarina”, vinculada ao Observatório Educação Escolar Indígena. Ele trata das formas como a identidade é mantida, bem como debate algumas conseqüências que podem ser decorrentes das relações identitárias num grupo social etnicamente constituído, mas com relações permanentes com grupos diferentes, os quais interferem diretamente em seu cotidiano. Essas relações e interações se manifestam em diferentes momentos da vida de cada pessoa, mas nas relações escolares, elas se revestem de especial importância pelo fato de ali se desenvolver a matriz de conhecimento e de pensamento das pessoas, com a qual se consolidam posturas que se manifestam durante toda a vida das pessoas.