O contemporâneo e a doença do existir
Resumo
O presente artigo tem por objetivo apresentar algumas considerações acerca do contemporâneo e a existência humana. Por contemporâneo, entendemos que é pertencer verdadeiramente a seu tempo. Por mais que o ser individual não goste ou reprove o seu tempo, não pode revogar ou fugir desse tempo, ou seja, é contemporâneo do seu tempo e pode-se dizer que é sui generis do próprio e com o próprio tempo. A complexidade desse tecido é que o contemporâneo associa-se a este e concomitantemente dele se distancia. Nessa esteira, a presente escrita levanta inquéritos quanto ao tempo, ao consumo, as imagens, a tecnologia, a espiritualidade, a produção, a ética, dentre outros. Imediatamente considera-se o reflexo dos fenômenos que estão no radar do contemporâneo, ou seja, as patologias (aqui aludidas como doenças) causadas por tal. Dessa perspectiva, o sujeito será obrigado a fazer escolhas na realidade antropológica e sociológica em que estiver inserido, o que faz com que só possa ser compreendido levando-se em consideração sua história individual implicada por um contexto. E é nesse estabelecimento das relações com o outro, que acontecerá a mediação das relações com coisas, tempo e consigo mesmo suscitando nesse processo, possibilidades de construir sua personalidade.