Do sopro de vida à ameaça de morte: um ensaio sobre o relato da criação e o SARS-COV-2
Resumo
A origem do homem e do mundo são duas questões que ocuparam a mente do homem nas mais diversas culturas e tempos históricos. A existência do ser humano e das demais coisas que nos rodeiam sempre foi alvo de conceitos, explicações e ecos de interpretações e opiniões. Conceitualmente, o criacionismo é uma forma de explicação sobre a origem do mundo onde se busca atribuir a constituição das coisas à ação de um Criador. Sem dúvida, essa teoria ganhou espaço em diferentes culturas espalhadas pelo mundo e apareceu muito antes que o discurso científico viesse a tratar dessa mesma questão. Nos mais diferentes contextos culturais, temos a elaboração de um mito criacionista capaz de nos revelar interessantes concepções sobre a civilização que o produziu. O clímax da obra criadora de Deus foi a Sua criação extraordinária do homem. "E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente" (Gênesis 2:7). O Criador do céu e da terra fez duas coisas ao criar o homem. Primeiro, formou-o do pó da terra e, segundo, assoprou o Seu próprio fôlego nas narinas de Adão e isso distingue o homem de todas as outras criaturas de Deus. O fôlego de vida do Criador adentrou no primeiro homem o tornando “alma vivente”. A respiração do Autor da Vida veio guarnecer o ser humano e, é assim que vivemos – respirando!