Ensino de botânica: técnica de preservação de estruturas e sementes em cobertura de resina para coleções didáticas
Resumo
O Brasil é considerado o país mais biodiverso do planeta sendo o estudo das plantas necessário para assegurar o equilíbrio entre ecossistemas visto que, os vegetais são um dos principais responsáveis pela manutenção da vida na Terra. Apesar disto, percebe-se um distanciamento das pessoas em relação aos vegetais, fato que contribui para a falta de interesse pelo seu estudo. Neste processo é de extrema relevância a criação de metodologias e de ferramentas que contribuam para aproximar os educandos do material de estudo visto que, a Botânica é considerada uma disciplina de difícil assimilação. Isso se dá em função do emprego de termos considerados complexos e porque, na maioria das vezes, seu estudo se baseia apenas na teoria que constam nos livros didáticos. Nesse contexto, os portadores de Necessidades Educacionais Específicas (NEE) como cegos/baixa visão acabam ficando excluídos por não conseguirem ter contato com as estruturas botânicas. A resinagem pode ser utilizada como forma de preservação de estruturas vegetais a fim de criar um material didático lúdico que pudesse preservá-lo e incluir alunos NEE no processo de ensino aprendizagem de Botânica. Para tal, foram utilizados os seguintes materiais: resina poliéster, catalizador de resina poliéster, monômero para resina poliéster, supercola, fio de nylon, palitos de churrasco, colheres, recipientes plásticos descartáveis e estruturas botânicas de diferentes espécies vegetais coletadas através de pesquisas realizadas pelo Laboratório de Botânica do Ifes Campus de Alegre. A técnica empregada demonstrou ser eficiente devido à durabilidade e por preservar as características das estruturas botânicas utilizadas.