Frequência de lesões músculoesqueléticas em atletas amadores que praticam escalada esportiva em rocha na cidade de Londrina – PR

  • Roberta Ramos Pinto
  • Ludgero dos Santos Pereira
  • Rodolfo Poli Mignoni

Resumo

A escalada em rocha tornou-se uma modalidade esportiva nos meados do século XIX e é considerado um esporte empolgante e desafiador que nos últimos anos tem crescido sobremaneira. Há muitas lesões encontradas nos escaladores de rocha que dificilmente são encontradas em indivíduos que não praticam esta modalidade esportiva. Essas lesões são pouco estudadas o que torna o diagnóstico impreciso e o tratamento inadequado. O objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência de lesões nos escaladores residentes em Londrina que praticam a modalidade de Escalada Esportiva em Rocha. Foi aplicado um questionário elaborado pelos pesquisadores, com questões referentes à pratica do esporte, provável ocorrência de lesões, além de possíveis
tratamentos realizados em 29 escaladores, sendo 26 homens, com média de idade de 26,9 e SD± 9,18, e média do tempo de escalada 46,3 meses e SD± 42,7 meses. Foram encontradas 35 lesões, sendo que em 13 casos houve procura médica com consequente diagnóstico clínico. As lesões foram, contratura no quadrado lombar direito, tendinite bilateral de flexores do 3º dedo, luxação em ombro direito, artrite no 4º dedo direito, tendinite bilateral de bíceps braquial e tríceps, tendinite dos flexores do 2º, 3º e 4º dedos direito e um caso de tendinite de todos os flexores dos dedos. Os atletas que não procuraram investigação clínica relataram dor em ombro esquerdo, dor em fáscia plantar direita, dor em região do retináculo do punho direito, dor em 3º dedo da articulação
interfalangiana proximal direito, dor em 4º dedo da articulação interfalangiana proximal direita, dor bilateral em 3º dedo da articulação interfalangiana proximal, dores musculares em supraespinhoso, deltóide, bíceps braquial e tríceps braquial, bilateralmente, e dois atletas relataram dores em região dos flexores de punho direito e esquerdo. Além disso, em 3 casos houve relato de deslocamento de ombro esquerdo e 1 caso de deslocamento em ombro direito. Os resultados encontrados indicam que as patologias com diagnóstico médico tais como, tendinite dos flexores dos dedos, bíceps e tríceps braquial além da luxação em ombro estão de acordo com a literatura encontrada. Apesar do reduzido número de sujeitos que compõem a amostra, pôde-se concluir que
os resultados encontrados corroboram parcialmente com a literatura científica, e outros resultados poderiam concordar com a literatura se os atletas apresentassem uma investigação mais detalhada das dores apresentadas principalmente durante a prática dos esportes.

Biografia do Autor

Roberta Ramos Pinto

Mestre em Fisiologia do Exercício e Docente da UNIFIL - Londrina. E-mail: roberta.ramos@unifil.br

Ludgero dos Santos Pereira

Fisioterapeutas graduados pela UNIFIL – Londrina

Rodolfo Poli Mignoni

Fisioterapeutas graduados pela UNIFIL – Londrina

Publicado
2018-07-27
Como Citar
Pinto, R., Pereira, L., & Mignoni, R. (2018). Frequência de lesões músculoesqueléticas em atletas amadores que praticam escalada esportiva em rocha na cidade de Londrina – PR. Revista Terra & Cultura: Cadernos De Ensino E Pesquisa, 28(54), 35-44. Recuperado de http://publicacoes.unifil.br/index.php/Revistateste/article/view/294/225
Seção
Artigos