Sociedade do cansaço e a pulsão de morte: o esgotamento psíquico na era do desempenho
Resumo
Este artigo investiga a relação entre a pulsão de morte em Freud e a sociedade do desempenho de Byung-Chul Han, analisando como a lógica contemporânea da hiperprodutividade conduz ao esgotamento psíquico. A partir da psicanálise, discute-se a dissolução dos limites subjetivos, potencializada pelos avanços tecnológicos e pela hiperconectividade, que transformam o indivíduo em explorador de si mesmo. A ausência de pausas e a compulsão pela autoexploração impedem a elaboração psíquica, intensificando os efeitos da exaustão mental. Diante desse cenário, a psicanálise se apresenta como um recurso fundamental para resgatar a importância do descanso, do ócio criativo e da autolimitação como formas de resistência à lógica do desempenho.