Análise crítica da abordagem sistêmica no direito: a aplicação da Constelação Familiar no poder Judiciário Brasileiro

  • Sofia Fabrim Gomes
  • Thiago Cesar Giazzi
  • Aline Regina das Neves

Resumo

Este estudo analisa criticamente a aplicação da Constelação Familiar no sistema judiciário brasileiro, especialmente em casos de violência doméstica. Considerada uma pseudociência, essa prática tem ganhado popularidade, mas é amplamente questionada pela falta de embasamento científico e qualificação dos profissionais que a utilizam. O estudo alerta para os riscos de revitimização de mulheres e crianças, uma vez que a prática pode reforçar estereótipos de gênero e gerar sentimento de culpa nas vítimas. A metodologia utilizada é de natureza dedutiva, com análise documental e revisão bibliográfica. A análise destacou a incompatibilidade da Constelação Familiar com os princípios de proteção integral previstos na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e na Lei Maria da Penha. Conclui-se que o judiciário deve adotar métodos baseados em evidências científicas, que respeitem os direitos humanos, evitem a revitimização e promovam a proteção e dignidade das vítimas.

Biografia do Autor

Sofia Fabrim Gomes

Acadêmica do Curso de Direito da UniFil – Centro Universitário Filadélfia

Thiago Cesar Giazzi

Mestre em Ciência Jurídica pela Universidade Estadual do Norte do Paraná. Advogado. Professor. Coordenador do Curso de Direito da UniFil – Centro Universitário Filadélfia. E-mail: thiago.giazzi@unifil.br

Aline Regina das Neves

Doutora e Mestra em Ciência Jurídica pela Universidade Estadual do Norte do Paraná. Advogada. Professora. E-mail: aline@bni.adv.br

Publicado
2025-08-11
Como Citar
Gomes, S., Giazzi, T., & Neves, A. (2025). Análise crítica da abordagem sistêmica no direito: a aplicação da Constelação Familiar no poder Judiciário Brasileiro. Revista JuríDica Da UniFil, 21(21), e3356. Recuperado de http://publicacoes.unifil.br/index.php/rev-juridica/article/view/3356/3143